conhecida como mensalão. Ele acredita que este caso deverá ser remetido a análise na primeira instância. “Precisaria de prova mais que robusta, porque seria uma irresponsabilidade denunciar um presidente. É muito mais difícil", avaliou o PGR.
Segundo ele, o publicitário Marcos Valério queria obter vantagens, como a redução de penas, ao prestar o depoimento em setembro quando acusou Lula de ter se beneficiado pessoalmente com os recursos do esquema. Para o procurador, a intenção real de Valério era a de “melar” o julgamento, se houvesse concordância em admitir qualquer prova adicional. A tentativa acabaria favorecendo todos os réus, acredita.
O PGR lembra ainda que Valério pediu sigilo, alegando que não teria mais de 24h de vida caso o depoimento se tornasse público. De acordo com Gurgel, em depoimento de duas horas, o publicitário trouxe elementos novos, “mas nada de bombástico”, sublinhou. “Foi um depoimento que robustece algumas teses do Ministério Público em relação a todo o esquema criminoso e da participação do núcleo político", acrescenta. Gurgel destacou, porém, que o mensalão permitiu que fosse responsabilizado todo um grupo que dominava o partido.
O procurador recorda de outra história de Valério, que corrobora a habilidade do publicitário: “Quando Antonio Fernando era o procurador, se propôs a prestar um depoimento que derrubaria a República. Não havia absolutamente nada". Fonte: Jornal do Brasil.